Teoria da Imortalidade Quântica

POR TALES NIECHKRON
A dúvida ecoa através dos tempos, reverberando na mente da humanidade: Podemos ser imortais? Aninhada no epicentro dessa indagação está a intrigante teoria da Imortalidade Quântica. Até mesmo a mente mais rigorosa pode se encontrar absorta na possibilidade de que, talvez, a morte seja uma experiência que nunca encaremos de fato. Despertada a curiosidade por um conteúdo viralizado no TikTok, a questão tem conduzido muitos a um labirinto de perguntas fascinantes.

Esta notável teoria, como a apresentadora do podcast Your One Black Friend, Joli Moli, expôs ao mundo virtual, desafia nossas concepções tradicionais de vida e morte. De acordo com a Imortalidade Quântica, ninguém verdadeiramente morre, a consciência simplesmente faz uma mudança de residência cósmica, migrando para outro universo.
Em um contexto mais amplo, esta ideia pode potencialmente explicar o intrigante Efeito Mandela, onde um grande conjunto de pessoas compartilha memórias falsas. Como quando muitos recordavam que o laureado com o Nobel da Paz, Nelson Mandela, havia falecido quando, de fato, ele estava bem vivo.
A teoria da Imortalidade Quântica reside nos princípios fundamentais da mecânica quântica. Sugere-se que várias partículas podem existir em múltiplos estados simultaneamente, um conceito conhecido como superposição quântica. Incorpora-se ainda ideias de múltiplas realidades e universos paralelos, que fornecem a base conceitual para a existência da Imortalidade Quântica.

Mas como isso funciona exatamente?

Digamos que você tenha perecido em um apocalipse, segundo a teoria, você continuaria vivendo. Sua consciência seria transferida para um universo onde o apocalipse ainda não ocorreu. Aqui reside a surpreendente premissa: ao morrer, a consciência de uma pessoa persiste, mudando-se para universos paralelos.
Se você estiver frente a uma situação de risco de vida, de acordo com a teoria, sua consciência exploraria variados cenários em diferentes universos. Mesmo que você venha a morrer em um desses "planos", sua consciência persistirá viva em ao menos um deles. Como um estudo publicado na revista científica Journal of Physics explica, a Imortalidade Quântica refere-se a um indivíduo que é "sortudo" o suficiente para sobreviver a qualquer incidente. Uma quantidade de sorte grande o suficiente para manter essa pessoa longe do envelhecimento do corpo humano, transferindo a consciência para corpos mais novos. Isso é, de fato, quando dizemos que alguém se torna "imortal".
Contudo, é crucial salientar que, embora fascinante, a teoria da Imortalidade Quântica permanece mais próxima do reino da ficção científica do que da ciência propriamente dita. Afinal, a mecânica quântica funciona primordialmente na teoria, com poucos métodos científicos para comprovar grande parte dessas conjecturas.
A teoria enfrenta ainda o obstáculo do "Paradoxo do Sobrevivente", que sugere que as pessoas não seriam capazes de "sobreviver" repetidamente a diferentes situações de perigo. Conforme as atuais observações, não é sempre que as pessoas se deparam com situações de risco de vida; daí vem o paradoxo.
A resposta mais direta é: não, não é possível viver para sempre. Até o momento, a ciência não encontrou evidências concretas de qualquer forma de imortalidade. Entretanto, isso não invalida o valor da teoria como um experimento mental, desafiando nossa compreensão da realidade, das noções convencionais de tempo e casualidade.
Logo, embora a ideia da Imortalidade Quântica ainda não possua evidência empírica, ela pode servir como um estímulo para os cientistas refletirem sobre questões científicas mais complexas e filosóficas sobre a natureza da realidade e da existência humana. Afinal, a ciência, em sua busca incansável pela verdade, deve sempre estar disposta a questionar, ponderar e sonhar.

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