O que aconteceu com submarino Titan?

               POR VANDI DOGADO
É com profundo pesar que lamentamos a trágica perda das vidas daqueles que embarcaram no submersível em busca dos destroços do Titanic, quando ocorreu a catastrófica implosão. Esse evento doloroso nos faz refletir sobre a imprevisibilidade e os perigos que envolvem as explorações em águas profundas. Neste momento, nossa tristeza se mescla com a necessidade de refletir sobre as consequências devastadoras que podem resultar dessas jornadas corajosas e desafiadoras.
O Titan, o submersível destemido que liderou a expedição, possuía uma cabine espaçosa feita de fibra de carbono, uma escolha que o diferenciava dos outros submersíveis construídos com titânio. Essa decisão, embora visasse uma economia financeira, revelou-se desfavorável em termos de segurança. Em submarinos projetados para explorar grandes profundidades, o uso de fibra de carbono é totalmente desaconselhado, devido à sua vulnerabilidade à pressão externa. Embora a fibra de carbono tenha proporcionado ao Titan uma estrutura mais leve e facilidade de manobra, infelizmente, mostrou-se inadequada para suportar as forças extremas encontradas nas profundezas oceânicas.
A ampla área interna da cabine do Titan, projetada para oferecer conforto aos exploradores, acabou por ter suas consequências. O aumento do espaço interno também aumentou a vulnerabilidade do submarino à fadiga e delaminação. A fadiga ocorre quando um material é submetido a tensões repetidas ao longo do tempo, resultando em trincas que se propagam gradualmente até uma falha catastrófica. Já a delaminação é o processo em que as camadas de materiais compostos começam a se separar, comprometendo ainda mais a integridade da estrutura submarina.
Infelizmente, o casco do Titan já havia sido submetido a pressões em mais de 20 viagens anteriores, o que aumentou significativamente o risco de pequenas fissuras se desenvolverem na estrutura. Embora inicialmente imperceptíveis, essas fissuras se tornam uma ameaça iminente à medida que se propagam descontroladamente.
A falta de análises independentes sobre a segurança do submersível levanta preocupações graves. A empresa responsável pelas expedições, a OceanGate, afirmava que seus próprios testes eram suficientes, mas a recusa em realizar exames ultrassônicos capazes de identificar falhas na estrutura levanta questões sobre a responsabilidade e a segurança dos exploradores. É crucial que sejam realizadas avaliações independentes, análises de terceiros e testes não destrutivos para garantir a segurança daqueles que se aventuram nas profundezas do oceano.
Infelizmente, a possibilidade de recuperar os corpos para que as famílias possam se despedir e lamentar é quase impossível. Especialistas acreditam que seus corpos tenham se tornado fragmentos muito pequenos. Essa triste realidade adiciona uma camada de dor e luto a essa tragédia, destacando ainda mais a importância de uma abordagem cautelosa e rigorosa em todas as áreas da exploração submarina.
Neste momento, em meio a profunda tristeza e luto, prestamos nossas homenagens às vidas corajosas que foram tragicamente perdidas. Stockton Rush, Hamish Harding, Shahzada Dawood e Paul-Henry Nargeolet são nomes que devem ser lembrados e reverenciados. Essas pessoas não apenas arriscaram suas vidas, mas também desempenharam papéis significativos em suas respectivas áreas de atuação.
Stockton Rush era um piloto experiente e cofundador da OceanGate. Ele dedicou sua vida à exploração submarina e foi um pioneiro na indústria. Sua empresa era conhecida por suas expedições inovadoras aos destroços de naufrágios famosos.
Hamish Harding era um bilionário britânico com uma trajetória notável no ramo aeroespacial e de aviação. Ele era presidente da Action Aviation, uma empresa líder em seu setor. Harding era conhecido por sua paixão pela aviação e pelo seu compromisso com a inovação.
Shahzada Dawood, do Paquistão, era vice-presidente da Engro Corporation, uma empresa de destaque nos setores de fertilizantes, fabricação de veículos e tecnologia digital. Ele era um líder visionário e um defensor incansável do desenvolvimento econômico em seu país.
Paul-Henry Nargeolet, um ex-comandante da Marinha francesa, era reconhecido como um dos maiores especialistas no naufrágio do Titanic. Ele dedicou sua vida ao estudo do navio e liderou várias expedições aos seus destroços.
Essas quatro pessoas deixaram um legado duradouro e serão lembradas por suas contribuições significativas em suas respectivas áreas de atuação. Neste momento de luto, nossos pensamentos estão com suas famílias e amigos.

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