Omissão e Mérito
POR VANDI DOGADO
Devemos ser agentes históricos da sociedade, agir em prol de um mundo melhor para nossos semelhantes, logo não podemos desistir de transformar nosso meio. Muitas vezes somos omissos, não interferimos em questões pontuais ou habituais de onde moramos ou trabalhamos e acabamos deixando indivíduos sem o menor compromisso assumir posições que, por competência, não lhe cabem. A omissão é tão ruim quanto à deslavada mentira que alguns ardilosos indivíduos empregam para se apropriarem de funções ou cargos somente pensando em altos salário ou em alentos ao ego. Digo-lhes isso para enfatizar a relevância do “mérito ético”, não são palavras ou currículos que determinarão as competências ou habilidades de um sujeito, são apenas a porta de entrada para o mercado de trabalho, todavia a permanência deverá ser pautada em habilidades e competências e, ainda, no compromisso ético e na dedicação de cada profissional. Se a pedra é dura, deverá ser lapidada e se a montanha é alta deverá ser escalada. Quem disse que tudo precisa ser fácil? Já dizia o gênio Guimarães Rosa que “o animal satisfeito dorme” e, atualmente, há muitos dormindo por aí. Quando a satisfação toma conta de um ser em sua função ou cargo, há necessidade de mudanças. Ele deverá ser trocado para que aprenda o relevante valor da dedicação e das relações éticas. Sabemos que este fenômeno possui duas faces: de um lado o satisfeito e do outro o omisso.
PS: O mérito jamais poderá ser sobreposto a valores essencialmente humanos a fim de humilhar ou alimentar desnecessárias competições entre profissionais. A única competição no trabalho deverá ser consigo mesmo. Um indivíduo precisa tornar-se amanhã melhor do que é hoje. Caso esteja mais bem preparado do que outros, não importa, é apenas consequência da dedicação e do empenho.
Fonte: Jornal Atitude
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