Cientistas descobrem a origem dos geoglifos e eliminam a hipótese de serem obras alienígenas



POR VANDI DOGADO


A mente humana, muitas vezes, busca respostas no imaginário para certos mistérios a fim de alimentar o desejo da crença na existência de seres fantásticos ou extraterrestres. Isso foi reforçado quando o inteligentíssimo Erick Von Daniken lançou o livro "Eram os Deuses Astronautas?" Estabeleceu uma série de analogias e relações (muitas falsas) entre monumentos históricos ou estranhos símbolos deixados por antigas civilizações com supostos indícios de ações alienígenas. Causou um grande alvoroço nos mais criativos e irritou os céticos. Longe de mim insinuar que não exista vida inteligente em algum universo ou mesmo no nosso, mas tenho convicção de que nunca fomos visitados por nenhum deles. A última explicação científica sobre os geoglifos confirmam minha tese. Essas figuras geométricas gigantes desenhadas no solo em várias partes do mundo já mexeu com as férteis e desejosas mentes. Sempre presumi que se tratasse de algum tipo de construção humana com objetivos religiosos, inclusive há outros artigos meus pela internet defendendo tal posicionamento. Agora, pesquisadores da Finlândia e do Brasil realizaram estudo sobre os geoglifos que confirmam a hipótese de cunho espiritual. Eu gostaria muito de que houvesse seres inteligentes em outros universos para que pudéssemos entender melhor a origem de tudo, contudo não há nenhuma evidência de que estejam próximos de tudo o que nossos equipamentos tecnológicos conseguiram registrar. Confira a matéria da BBC a seguir sobre estudo:


Os geoglifos do Acre eram um espaço de comunicação espiritual e de ritual com a natureza, afirma uma equipe de cientistas da Universidade de Helsinki, na Finlândia, e da USP.


Esses enormes desenhos geométricos na terra foram descobertos na Amazônia brasileira em 1977. Mas o desmatamento e estudos posteriores no terreno identificaram cerca de 500 somente no Acre, próximo à fronteira com a Bolívia.


Os desenhos no solo exibem diferentes formatos. São quadrados, círculos, elipses, octógonos ou "Us" e podem ter até quatro metros de profundidade.


"Combinando dados etnográficos e arqueológicos do Alto Purus, Brasil, o artigo mostra como a história antiga e a sociocosmologia estão profundamente 'escritas' na paisagem na forma de estruturas geométricas de terra trinchadas no solo, que materializam interações entre atores não humanos e humanos", escreveram Sanna Saunaluoma, pesquisadora da USP, e Pirjo Virtanen, da Universidade de Helsinki, no resumo do artigo que publicaram na revista acadêmica American Anthropologist.


"Salientamos as habilidades humanas de visualização, práticas imaginativas e movimentos como os meios de promover relações bem equilibradas com formas de vida animadas."


Especialistas que estudam esse tipo de padrão acreditam que as tribos indígenas do Amazonas fizeram esses desenhos entre os anos 3.000 a.C. e 1.000 d.C.


Desvendando o mistério




Image captionGeoglifos têm distintas formas geométricas | Foto: Universidade Federal do Pará


Até agora, o motivo dessas formações permanecia um mistério, alimentando todo tipo de teoria. Já houve quem dissesse que eram assentamentos, aldeias, construções defensivas ou mesmo que eles haviam sido feitos por extraterrestres, como já foi dito no caso dos geoglifos de Nasca, no Peru.


Mas esse novo estudo comandado por pesquisadores brasileiros e finlandeses traz uma interpretação alternativa.


"Esses recursos de paisagem antropogênica funcionavam como dispositivos sistêmicos para se envolver e viajar dentro do mundo das entidades invisíveis, por um lado; e, de outro, mantinham os sentimentos de unidade, continuidade e pertencimento ao lugar no mundo dos humanos", diz o artigo.


A pesquisa indica que os geoglifos não eram usados por todos, mas apenas pelos indivíduos das comunidades especializadas em rituais ou interações com seres vivos além dos humanos.


Segundo o estudo, também eram importantes para as comunidades indígenas em certas etapas da vida - "as variedades dos padrões geométricos eram usados como portas ou caminhos para atingir conhecimento de elementos distintos do entorno que os rodeava".


De acordo com as especialistas em antropologia ancestral, a visualização e interação ativa com elementos vivos da natureza era importante e construtiva para as comunidades indígenas.



Inspiração animal

Direito de imagem GETTY IMAGES Image caption Segundo pesquisa, formas geométricas reproduzidas no chão foram inspiradas na pele dos animais


A razão pela qual os desenhos respondem a padrões geométricos específicos ainda não está clara.


Para as pesquisadoras, há inspiração em desenhos e formas encontradas em peles de animais. Esses padrões também são observados nos dias de hoje em cerâmicas, tecidos e joias confeccionados pelos indígenas modernos.


Ainda de acordo com as teorias de arte visual, acredita-se que os padrões geométricos podem ajudar as pessoas com fertilidade, resistência, conhecimento e poder.


Até hoje índios de tribos no Acre continuam protegendo esses lugares. Ao contrário de outros moradores da região, evitam usar esse espaço para atividades que consideram mundanas, como agricultura e moradia.


Esse comportamento, assinalam as pesquisadoras, reforçam ainda mais a ideia de origem sagrada dos desenhos.



Geoglifos na América Latina

Direito de imagem GETTY IMAGES Image captionAs linhas de Nasca, no Peru, cobrem uma área de aproximadamente 450 quilômetros quadrados


Os desenhos do Acre estão numa lista para serem declarados Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco. Mas existem outros lugares com padrões geométricos milenares.


A América Latina é um grande foco dessas formações ancestrais, segundo registros oficiais.


Alguns dos mais conhecidos são as linhas de Nasca, localizadas a 400 quilômetros ao sul de Lima, capital do Peru.


Há também os geoglifos de Chug-Chug, no deserto chileno do Atacama, que concentram uma elevada concentração de desenhos geométricos no chão que, ao que tudo indica, são muito mais antigos.


Fora da América do Sul, os mais famosos estão nos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália.







 


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