Trabalho para quê?





POR VANDI DOGADO


Há um evidente estigma em nossa sociedade de que o trabalho é penoso e ruim, todavia se trata de um enorme equívoco. Interpretá-lo dessa forma é afastar-se dos “louros da vitória” e viver na mais pura infelicidade. 


Um dia meu amigo Sr. Joaquim Matiello, na época com 92 anos, após me entregar uma garrafa de vinho, ato comum em todas as manhãs, disse-me empolgado sobre a possibilidade de uma pessoa ser bem-sucedida ou não profissional e pessoalmente. Segundo o amigo ancião, Thomas Alva Edison estava corretíssimo quando proferiu o axioma “1% é inspiração e 99% é transpiração”, isto é, a vitória somente atinge o homem por meio do suado trabalho contínuo e cumulativo. Sei que a verdade não é bem esta, há alguns limites genéticos; no entanto, os neurocientistas concordam que mesmo pessoas geniais como Steve Jobs, John Nash, Albert Einstein, Alain Turing, Galileu Galilei, Isaac Newton, Emanuel Kant, Dostoievsky e tantos outros dedicavam aproximadamente de 64 a 72 horas por semana ao intenso labor. Sempre afirmei que a inteligência é importante, mas sem esforço e autodisciplina ninguém poderá ser bem-sucedido na vida. Os candidatos que passam em concursos públicos com salários acima de R$ 25.000,00 são pessoas que estudam cerca de 12 horas por dia, durante quatro anos seguidos. Puxa vida! Se meu amigo Joaquim Matiello estivesse vivo concordaria com isto e, ainda, ressaltaria que sem águas salgadas e laboriosas escorridas pela face cotidianamente seríamos todos profissionais comuns ou, até mesmo, medíocres. Lembro-me de que ele sempre citava outro provérbio, menos conhecido, todavia não menos interessante, do escritor Tom Chung: “O comprometimento é que transforma a promessa em realidade. Comprometa-se a dar o melhor de si em qualquer circunstância. Esta é a diferença entre os sapos e os príncipes”. Obviamente os termos sapos e príncipes estão empregados metaforicamente como vencedores e fracassados. Há ainda o provérbio alemão “Deus dá a linha, mas quem tece o tapete somos nós que tecemos” ou o provérbio “Deus ajuda o marinheiro na tempestade desde que ele permaneça no timão”. Enfim, estes e tantos ditados oriundos da sabedoria popular acumulada historicamente demonstra que sem trabalho não há êxito. Os homens trabalhadores não gostam de desculpas, postergações, reclamações inúteis, mas apreciam a dedicação e a solução.


O Trabalho constitui a base de tudo. Sem ele, nada existiria. Ele é em si mesmo o esforço permanente do homem para libertar-se, progressivamente, das faculdades que o diminuem; portanto, é um meio de libertação e satisfação. O trabalho digno pode ser tanto intelectual quanto material e não necessariamente remunerado; contudo, deve provocar o bem individual e coletivo. 


No desfecho desta minha exposição, mencionarei um fato bem conhecido e divulgado pela mídia mundial e nacional ocorrido nos EUA, todavia de grande significância: Em 2009, todos esperavam que Bill Gates falasse durante horas em uma palestra que conferiu a alunos de uma escola secundária, no entanto falou durante 5 minutos sobre 11 regras relacionadas ao trabalho e partiu em seu helicóptero: 


Regra 1: A vida não é fácil. Acostume-se com isso.


Regra 2: O mundo não está preocupado com a sua autoestima. O mundo espera que você faça alguma coisa de útil por ele antes de aceitá-lo.


Regra 3: Você não vai ganhar vinte mil dólares por mês assim que sair da faculdade. Você não será vice-presidente de uma grande empresa, com um carrão e um telefone à sua disposição, antes que você tenha conseguido comprar seu próprio carro e ter seu próprio telefone.


Regra 4: Se você acha que seu pai ou seu professor são rudes, espere até ter um chefe. Ele não terá pena de você.


Regra 5: Vender jornal velho ou trabalhar durante as férias não está abaixo da sua posição social. Seus avós tinham uma palavra diferente para isso. Eles chamavam isso de “oportunidade”


Regra 6: Se você fracassar não ache que a culpa é de seus pais. Não lamente seus erros, aprenda com eles.


Regra 7: Antes de você nascer seus pais não eram tão críticos como agora. Eles só ficaram assim por terem de pagar suas contas, lavar suas roupas e ouvir você dizer que eles são “ridículos”. Então, antes de tentar salvar o planeta para a próxima geração, querendo consertar os erros da geração dos seus pais, tente arrumar o seu próprio quarto.


Regra 8: Sua escola pode ter criado trabalhos em grupo, para melhorar suas notas e eliminar a distinção entre vencedores e perdedores, mas a vida não é assim. Em algumas escolas você não repete mais de ano e tem quantas chances precisar para ficar de DP até acertar. Isto não se parece com absolutamente NADA na vida real. Se pisar na bola está despedido… RUA! Faça certo da primeira vez.


Regra 9: A vida não é dividida em semestres. Você não terá sempre férias de verão e é pouco provável que outros empregados o ajudem a cumprir suas tarefas no fim de cada período.


Regra 10: Televisão não é vida real. Na vida real, as pessoas têm que deixar o barzinho ou a boate e ir trabalhar.


Regra 11: Seja legal com os nerds – aqueles estudantes que os demais julgam que são uns babacas. Existe uma grande probabilidade de você vir a trabalhar PARA um deles.






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