Os Baobás de O Pequeno Príncipe São Reais
POR VANDI DOGADO
Sou um apreciador das árvores! Quando viajo para o interior paulista, nas proximidades do município de Avaré é possível notar lindas árvores nos vastos pastos da região. Gosto daquelas que possuem a copa bem baixa e redondas. Uma espécie de árvore carregada de uma mística fantástica são os Baobás de Madagascar. Apresentam-se exuberantes e detentoras de uma beleza ímpar. Dão-nos a impressão de que foram plantadas de ponta cabeça. Seus poderosos troncos são resistentes ao fogo e mexem com o nosso imaginário. Eles são ocos e usados como santuários, moradias e comércios. Confesso que um dia quero conhecê-las in loco, de preferência as de Madagascar, já que também são encontradas na Índia e Austrália. Abaixo segue um pouco sobre essas maravilhas da natureza:
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Se você é fã do Pequeno Príncipe, adorável personagem criado por Antoine de Saint-Exupéry, certamente se recorda do drama dos baobás, aquelas árvores enormes que ameaçavam a existência do planetinha fictício do menino. Pois essas plantas existem de verdade e são realmente bem grandes, podendo alcançar até 25 metros de altura.
Os baobás são nativos de Madagascar, das savanas da África, da Índia e da Austrália, e se espalham principalmente na linha do Equador. Essas árvores podem viver durante milhares de anos e, se você observá-las com atenção, vai perceber que elas parecem ter sido plantadas de cabeça para baixo. Isso se deve à aparência de seus galhos, que lembram raízes e normalmente permanecem sem folhas durante nove meses.
A característica que mais se destaca nos baobás são seus troncos extraordinários, que podem chegar a medir mais de 20 metros de diâmetro! E essas estruturas não são enormes assim por acaso: durante os meses de chuva, a água fica armazenada no interior do tronco — que é oco e resistente ao fogo — para enfrentar os meses de seca que se seguem, e existem registros de baobás que chegaram a guardar até 100 mil litros do líquido.
Aliás, graças a essas peculiaridades dos troncos, não é raro que pessoas se instalem em seu interior, e muitos inclusive são usados como bares, santuários, ponto de ônibus e até como cadeia. Mas, além de oferecer abrigo e servir de reservatório de água, tudo nos baobás pode ser aproveitado. A casca da árvore, por exemplo, é utilizada na fabricação de tecidos e corda, e as folhas têm propriedades medicinais e são usadas como condimento.
Mil utilidades
Os baobás também produzem frutos — a mukua —, que se parecem com grandes cocos verdes com sementes em seu interior. Esse “miolo” é seco e coberto com uma espécie de pó com sabor agridoce, e essa substância é incrivelmente nutritiva. Análises revelaram que o pó contém 5 vezes mais potássio do que as bananas, 3 vezes mais cálcio do que o leite, seis vezes mais vitamina C do que as laranjas e três vezes mais antioxidantes do que os mirtilos.
Das sementes é possível extrair um óleo rico em vitaminas A e F, além de ômega 3, 6 e 9, provando ser muito benéfico para a pele, sendo inclusive utilizado no tratamento de várias afecções cutâneas, como a psoríase e o eczema. As folhas, por sua vez, são ricas em betacaroteno, que é transformado pelo organismo em vitamina A, e um pó obtido a partir delas é usado para tratar a asma, diarreia, anemia e reumatismo.
Outros produtos obtidos a partir do baobá também são usados no tratamento da febre, malária, sarampo, catapora e problemas digestivos. Aqui no Brasil existem alguns exemplares dessa árvore sensacional, e um deles, localizado na Vila de Nossa Senhora do Ó, em Pernambuco, tem 350 anos de idade e conta com um tronco de mais de 15 metros de diâmetro. O maior exemplar do país está no Rio de Janeiro, medindo 25 metros de altura.
E você, leitor, sabia que os baobás contavam com tantas utilidades assim? Já viu alguma dessas árvores incríveis em algum lugar? Você conhece mais alguma característica dessas plantas que não foi mencionada na matéria? Não deixe de contar para a gente nos comentários!
Fonte: Mega Curioso
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